"A desvalorização do mundo aumenta em proporção direta com a valorização do mundo das coisas" Karl Marx
Ela afeta milhões de trabalhadores nas sociedades capitalistas modernas, onde a produção econômica transformou-se no objetivo do homem, em vez de ele ser o objetivo da produção.
A alienação, acentuou-se no século XIX, quando o trabalho nas industrias passou a ser cada vez mais rotineiro, automatizado e especializado, subdividido em múltiplas operações. Assim cada funcionário de um trabalho especifico na montagem do produto, e este papel específico economizava tempo e dinheiro aos empresários. Por um outro lado, o funcionário conhece somente sua função, sendo obrigado a ter um conhecimento específico e limitado, esse sistema de produção ficou conhecido como Taylorismo, por ter sido elaborado pelo engenheiro e economista Norte-americano Frederick Taylor.
Essa situação desgastante de repetição e taylorização faz com que o funcionário perca a noção do conjunto no processo produtivo e essa situação acaba com o envolvimento intelectual que o trabalhador deveria ter com seu trabalho e a rotina se torna fria e monótona e apática, pois o funcionário não têm o devido controle sobre o resultado final do seu trabalho e finalidade do que é fabricado, o que ele produz é essencial para a vida de muitos, mas para ele se torna cansativo, produz um bem estranho á sua pessoa e as suas necessidades. O funcionário não tem vontade própria sobre o que, quanto e como produz. Ele não decide sem ritmo de trabalho, nem seu salário, nem sua moradia, sua alimentação... O trabalho seria só uma forma de escravidão assalariada?
O Ser humano se tornou uma máquina e nada é seu, nem o que usa para produzir nem o produto do seu trabalho - tudo á alheio e pertencente aos outros.
Neste amplo plano econômico o comércio produz para satisfazer o mercado e não para dar boas condições de trabalho ao funcionário, enquanto ricos tem coisas maravilhosas, o funcionário continua trabalhando e vivendo em miséria; palácios para os ricos enquanto o trabalhador vive em pequenos casebres intelectuais. Se produz de tudo, até a inteligência, mas o funcionário continua vivendo uma forma de escravidão assalariada.
Karl Marx percebeu esse tipo de divisão do trabalho, suas concepções estão em seus textos de alcance da análise filosófica.
Quando o homem se torna vítima da alienação seja ela no trabalho, pela mídia, por outras influências... ele perde contato com seu genuíno, com sua individualidade, intimidade, e propriedades de sua própria opinião e consciência. Somos transformados em simples mercadoria, o ser humano sente-se uma "coisa" que precisa alcançar sucesso e fama no "mercado das personalidades", sucesso financeiro, profissional, intelectual, social, sexual, político, esportivo. Esse sucesso que a pessoa quer alcançar depende do mercado ao qual ela quer ser vender.
Essa orientação de mercado alienante, conforme definição da filosofia, o indivíduo não se identifica mais com o que ele é, sabe, faz ou quer. O sucesso buscado pela sociedade alienada não é para satisfazer-se pessoalmente, mas para promover-se a ponto de encontrar sempre alguém que pague e compre suas qualidades, tornando-se marionete do sistema.
Professora Aldenora Alves
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